Decorreu no dia 31 de outubro, entre as 9h e as 15h45, no auditório do Conservatório Regional de Música de Vila Real, o 7º Fórum da Saúde Mental, uma iniciativa promovida pelo Município de Vila Real, pelo CHTMAD, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e peloNúcleo Distrital de Vila Real da EAPN|EAPN Portugal/Rede Europeia Anti Pobreza.
Na sessão de abertura, Mara Minhava, Vereadora do Pelouro da Ação Social e Saúde, reforçou a importância da realização de eventos desta natureza, uma vez que “nos dias agitados em que vivemos, tratar da nossa saúde mental é de facto muito importante, dado que afeta a maneira como pensamos, sentimos e agimos. Cada vez mais é preciso apostar em estratégias que nos ajudem a lidar com as emoções; a interagir com os outros.”
O programa do evento, que visa sensibilizar a comunidade e promover o debate sobre as questões da saúde mental, iniciou num primeiro painel, moderado por Ana Margarida Gomes, dedicado à “(Dis)função Familiar? – Implicações na Saúde Mental da Criança e Adolescente” por Catarina Pinheiro Mota, da Universidade De Trás-os-Montes e Alto Douro, e os “Traços de psicopatia na infância e adolescência: A importância do diagnóstico precoce” por Margarida Simões, da mesma instituição. Aqui salientou-se as implicações da configuração familiar no território emocional dos jovens através de um ambiente familiar seguro, de disponibilidade pessoal e emocional, e apelou-se aos pais/cuidadores a terem atenção a traços comportamentais “bizarros” e como identificá-los.
O segundo painel, moderado por Paulo Vítor Lisboa, abordou a “Saúde mental na voz dos cuidadores informais e doentes não institucionalizados” por Ivone Florêncio, do Núcleo Distrital de Bragança da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza, e o Projeto MuPsicarte por Cecília Cristina Peirone, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, um projeto que oferece estímulo, expressão e conforto através da Musicoterapia a pacientes em internamento de Psiquiatria do Centro Hospitalar.
O último painel foi moderado por Luís Mota Bastos e centrou-se em “Sentir o estigma” por Eugénia Oliveira, do Serviço de Psicologia Clínica do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, seguido por “E depois de tudo…Eu. Novas abordagens na mudança de paradigma de “etiquetagens sociais” por Cláudia Carvalho, da Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real (APCVR). O objetivo deste painel foi combater o estigma e estereótipos negativos no que diz respeito à saúde mental. A apresentação de conclusões ficou a cargo de José Carlos Gomes da Costa.
Participaram cerca de 120 pessoas nesta última edição do Fórum de Saúde Mental, entre elas professores, profissionais de saúde e alunos universitários. A saúde mental é um direito humano universal, pelo que o Município de Vila Real considera importante debater e dar voz a estas questões.