O Município de Vila Real promoveu no dia 1 de abril uma conferência de imprensa onde, para além de realizar o balanço do primeiro ano do projeto-piloto estabelecido com a Bolt relativamente às trotinetes elétricas partilhadas, apresentou a introdução de um novo modelo de deslocação: as bicicletas elétricas partilhadas.
Quanto ao primeiro modelo de micromobilidade a operar em Trás-os-Montes, no primeiro ano em que esteve ativo estima-se que 6 700 utilizadores tenham aderido às trotinetes elétricas e que no seu conjunto tenham sido realizadas cerca de 80 000 viagens, totalizando mais de 126 000 quilómetros. Adriano Sousa, vereador com o Pelouro das Acessibilidades, Mobilidade e Transportes, afirmou que “estamos satisfeitos com o número de pessoas que aderiu a este meio de transporte” e que o objetivo é combater o predomínio da utilização do automóvel individual, criando-se um sistema de distribuição modal mais igualitária através de novas opções de transporte.
Com o sucesso das trotinetes, há um novo projeto experimental que colocará operacionais cinquenta bicicletas elétricas, com doze docas disponíveis e uma autonomia de 60 km, suficiente “para qualquer cidadão que se disponha a andar todo o dia de bicicleta na cidade de Vila Real”, acrescenta o Vereador. Por fim, reflete que “a opção elétrica é a mais indicada para uma cidade com uma orografia acidentada como Vila Real”.
O subcomissário da PSP de Vila Real, Saraiva Conceição, adverte quanto à utilização destes modos de transporte na via pública, na qual se deve circular de acordo com as normas e regras do Código da Estrada estabelecidas para velocípedes (nos passeios é proibido por lei). O mesmo confirma que, até hoje, não se verificou qualquer má conduta, roubo ou vandalização destes veículos e os acidentes registados são “residuais”. Também o representante da Bolt, Rodrigo Veloso, espera que este novo modelo seja do agrado dos vila-realenses, afirmando que do mesmo modo que se verificou uma forte adesão dos jovens e universitários à utilização das trotinetes (cerca de 70%, entre os 18 e 25 anos), espera-se agora que com as bicicletas elétricas se possa atingir uma faixa etária mais velha. Rodrigo Veloso informou ainda que o custo destas bicicletas será de 0,19€/minuto, equivalente às trotinetes, sem aplicação de qualquer taxa de ativação, sendo necessária a associação de um cartão de crédito. E para aqueles que aderirem aos passes, o preço reduz para 2,99€/ 30 minutos (ou seja, 10 cêntimos por minuto).
Estes projetos enquadram-se no novo modelo de mobilidade urbana que a autarquia tem vindo a implementar desde 2013, em sintonia com os novos paradigmas emergentes e sustentáveis que estão já a ser concretizados por todo o mundo.