O Município de Vila Real viu aprovada a candidatura para implementação do Projeto “Vila Real Medieval: Roteiros e Circuitos do Património”, garantindo um financiamento de cerca de 235 mil euros, no âmbito do programa PROVERE DOURO 2020.
Com este projeto, que deverá estar concluído até junho, a autarquia vila-realense pretende “valorizar esse património medieval, através de um conjunto de ações que nos permitam não só preservá-lo como dá-lo a conhecer, potenciando a sua visitação”, disse Mara Minhava, Vereadora da Cultura.
Resgatar, preservar, conhecer e valorizar este património de reconhecida grandeza e raridade, que se encontra abandonado e/ou subvalorizado, é assim o objetivo do Município de Vila Real que espera com esta iniciativa aprofundar a identidade de Vila Real e valorizar os recursos turísticos, culturais e de gestão do território, dando corpo a um plano de valorização e revitalização do património medieval.
O projeto organiza-se em duas ações. A primeira, estrutural, visa a reabilitação de um conjunto patrimonial medieval de grande importância para a constituição dos roteiros medievais, designadamente as obras de recuperação e/ou conservação de antigas calçadas medievais, necrópoles, recuperação de fontes, Torre de Quintela e a emblemática Ponte de Piscais. A segunda ação, de natureza imaterial, reúne todas as atividades vocacionadas para a partilha do conhecimento histórico acerca da época medieval, orientadas para a produção de materiais informativos a utilizar nas diversas ferramentas, produtos e atividades de animação dos roteiros, em suporte físico e digital.
Para uma segunda fase do projeto ficará o restauro da igreja de São Dinis, uma igreja contemporânea da fundação da cidade, de raiz romano-gótica, que foi ampliada e restaurada em finais do século XV e que apresenta um estado de degradação considerável. “O município, reconhecendo a importância deste património religioso e peça arquitetónica/arqueológica de relevância ímpar para contar a história medieval de Vila Real, que urge preservar, mandou elaborar o projeto de recuperação/estabilização do imóvel, de forma a integrá-lo no roteiro medieval de Vila Real, avançando logo que abram novas candidaturas a fundos comunitários”, sublinhou a Vereadora.
Esta intervenção insere-se na estratégia que a Câmara Municipal tem vindo a desenvolver de recuperação, beneficiação e de valorização do património cultural de Vila Real, enquadrando-se nos objetivos definidos no Plano Estratégico Municipal de Cultura que se estende até 2030.