PROJETO MURBE – MORCEGOS “URBANOS”

O Município de Vila Real e o Laboratório de Ecologia Aplicada (LEA) da UTAD apresentam à comunidade um projeto piloto inovador de educação ambiental e de conservação de Morcegos em ambiente urbano. No âmbito da Ação 2 – Gestão Sustentável da Biodiversidade do projeto “Proteger é Conhecer”, em particular no que se refere à conservação de morcegos, o Município de Vila Real e o LEA propõem-se desenvolver e executar um projeto, denominado MUrbe – Morcegos “Urbanos”, que terá como principal objetivo implementar um conjunto de medidas que visem o aumento da disponibilidade de abrigos para morcegos na cidade de Vila Real e a conservação das espécies que os utilizam.
Os morcegos constituem o grupo de vertebrados sobre o qual existem menos estudos produzidos na Península Ibérica, em particular no que concerne às espécies florestais. Em Portugal continental estão descritas 25 espécies de morcegos, das quais 20 estão presentes no concelho de Vila Real.
O MUrbe prevê a instalação de 70 caixas-abrigo, ao longo do mês de fevereiro, em ambientes urbanos como o Jardim da Carreira, Jardim de N. Sr.ª da Conceição, Parque Corgo, Eco-Campus UTAD, Parque Florestal e em espaços verdes de algumas escolas do concelho (Eco-escolas). O projeto é inovador ao nível da educação ambiental e de conservação de morcegos em ambiente urbano. Pretende-se aumentar a disponibilidade de abrigos para morcegos na cidade, compensando eventual destruição dos abrigos naturais, fruto da expansão urbanística e pressão populacional
As condições e tipologia dos abrigos desempenham um papel fulcral na ecologia e adaptação dos morcegos. Os abrigos são locais de extrema importância para a sobrevivência e reprodução dos morcegos. Dependendo de cada espécie, a seleção dos abrigos reflete as necessidades energéticas e ecológicas do seu ciclo de vida anual, sendo o microclima proporcionado pelos abrigos um dos fatores preponderantes.
Este projeto promoverá a participação ativa de vários públicos-alvo, em especial a população estudantil das diferentes faixas etárias e níveis de formação (desde escolas primárias ao ensino superior), nomeadamente na monotorização da eficácia e na interpretação do significado ecológico das consequências destas medidas.