Estreou no dia 11 de junho, no âmbito das comemorações do Centenário da Morte do comandante Carvalho Araújo, o espetáculo Um herói apresenta-se: a história de Carvalho Araújo contada pelo próprio. Trata-se de um texto inédito da autoria de A.M. Pires Cabral, encenação de Rui Miguel Félix e levada à cena pela Urze Teatro, que resultou de um desafio lançado pelo Município de Vila Real com vista a dar a conhecer aos mais novos quem foi este herói.
Assistiram à estreia da peça, que a partir de setembro irá percorrer as escolas, cerca de 300 crianças e um grupo de idosos, utentes de um centro social e paroquial de Vila Real, que puderam testemunhar, em primeira mão, o monólogo em que o Comandante Carvalho Araújo dá a conhecer um pouco da sua vida e, sobretudo do seu feito heroico. A criação artística teve como ponto de partida a estátua que permanece intemporal na Avenida. Pretende-se que esta experiência sirva para que as crianças e os jovens Vila-realenses, depois de conhecerem um pouco da vida e dos feitos daquele Homem cuja estátua se impõem na Avenida a que deu o seu nome, passem a ver com outros olhos esta figura incontornável da história de Vila Real e de Portugal.
Recorde-se que esta iniciativa integra um programa comemorativo mais vasto que se iniciou no dia 18 de maio, dia do nascimento de José Botelho de Carvalho Araújo, com a realização de uma sessão solene, e se prolongará até ao próximo mês de novembro. Para além da apresentação desta peça de teatro, o programa inclui exposições, música, fotografia, arte urbana, entre outras atividades, que pretendem envolver toda a comunidade, particularmente os mais novos.
Caderno reúne 98 espécies de borboletas num universo de 130 espécies a nível nacional
Assinalando a passagem de mais um Dia Mundial do Ambiente (5 de junho), o Município de Vila Real apresentou o primeiro volume da série de cadernos de campo da biodiversidade, dedicado às borboletas de Vila Real. O caderno de campo, concebido num formato prático para o reconhecimento do território e a identificação de espécies, reúne as 98 espécies identificadas na área do município. De destacar que o número de espécies inventariadas em Vila Real correspondem a 75% do total de espécies conhecidas no território português (130 identificadas até à data), atestando a elevada biodiversidade de Vila Real.
O Caderno de Campo resulta do programa de monitorização da biodiversidade, implementado pelos Serviços de Ambiente do Município ao longo dos últimos anos, contando com o apoio da Universidade do Trás-os-Montes e Alto Douro e do TAGIS, Centro de Conservação de Borboletas de Portugal. Para além do seu formato prático, muito útil para a utilização no campo, o Caderno de Campo está profusamente ilustrado com imagens dos exemplares de borboletas, que facilitam a identificação das espécies. Pensado para todos os públicos, cada espécie apresenta ainda uma descrição simples das principais caraterísticas anatómicas e morfológicas identificativas, o seu estatuto de conservação, as zonas do município onde podem ser mais facilmente observadas, bem como a fenologia de cada espécie, onde se pode identificar os melhores momentos do ano para observar as espécies em voo.
Contando com a colaboração de inúmeros fotógrafos de natureza (que cederam gentilmente algumas das belas imagens do caderno), de Ernestino Maravalhas, um estudioso que tem dedicado uma parte significativa do seu tempo à investigação das borboletas; dos investigadores da UTAD Darinka Gonzalez (Coordenação dos Trabalhos de monitorização) e Joaquim Beteriano (Edição e conceção do livro) que colaboram com o Município de Vila Real a tempo inteiro ao abrigo do protocolo estabelecido entre as duas entidades, e à Professora Paula Oliveira, pela disponibilização das coleções que pertencem ao espólio da UTAD e que estão na sua gestão, este primeiro volume procura contribuir para um maior conhecimento desta riqueza patrimonial do nosso território, bem como para o reconhecimento do papel fundamental das borboletas na equilíbrio e vigor dos ecossistemas e o seu papel na polinização, vital para a manutenção de inúmeras espécies da flora.
Iniciativa do Município Vila Real juntou diversos criadores artísticos para promover a arte no meio natural apelando à sensibilidade ambiental.
Procurando promover um dos espaços mais emblemáticos do seu território, o Município de Vila Real desenvolveu o projeto “Arte no Parque”, integrado na operação “Valorização Ecológica do Corgo” cofinanciado pelo Programa NORTE 2020. O projeto “Arte no Parque” consiste num desafio lançado a diversos criadores artísticos da nova geração de talentos ligados ao movimento street art, de forma a conciliar tendências, vivências e histórias do território com a biodiversidade de Vila Real, centrada no espaço ribeirinho do rio Corgo, espaço emblemático da natureza e de património biológico.
No último fim-de-semana (2 e 3 de junho) o Parque Corgo foi palco para a concretização final de uma escultura do artista plástico Tiago Sousa, com a instalação da salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), uma espécie endémica da Península Ibérica presente em Vila Real e que atualmente se encontra numa situação vulnerável em todo o território peninsular. A instalação encontra-se junto à entrada Nordeste do Parque Corgo, adornada com peças de olaria negra de Bisalhães de diferentes dimensões. Este projeto artístico faz uma relação entre dois símbolos do património local que atualmente correm o risco de desaparecimento. Contamos novamente com a presença do Bafo de Peixe para a instalação de corvos, que reúnem elementos de assemblagem e pintura que aludem ao conto de Miguel Torga- Vicente. Esta intervenção está localizada junto ao Parque Florestal, no limite entre este espaço e o Parque Corgo.
Marcou o primeiro momento do “Arte no Parque”, Bruno Rajão (conhecido por Bafo de Peixe) com uma escultura da vaca-loura, o maior escaravelho da Europa, nos jardins do café Concerto do Teatro Municipal. Seguiu-se Artur Bordalo, conhecido por Bordalo II que criou uma escultura dedicada às borboletas de Vila Real, produzida especialmente para este projeto, localizada nas imediações da ponte metálica pedonal que liga o Teatro Municipal e o Centro de Ciência de Vila Real.
Cerca de 9 milhões e 200 mil euros é o valor estimado de investimento em obras que a autarquia vila-realense prevê ter no terreno em empreitadas a realizar nos próximos três meses no perímetro urbano, em áreas como a reabilitação do espaço público, educação e infraestruturas de saneamento básico. Esta verba diz respeito a obras já em execução, obras que estão já adjudicadas e prestes a iniciar-se e obras que irão ser colocadas a concurso brevemente.
Cerca de 6 milhões e 200 mil euros respeitam a obras que já estão no terreno, nomeadamente a empreitada de Valorização Ecológica do Corgo, as obras de requalificação dos espaços públicos do Bairro NORAD, das urbanizações da Quinta de S. Pedro e da Quinta das Hortas, da rua de Montezelos (1º fase) e da Escola Secundária de S. Pedro.
No âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) encontra-se já requalificada a rua de Santo António, a Avenida D. Dinis está neste momento a ser intervencionada e será aberto na próxima semana o concurso para as obras de requalificação das ruas D. Pedro de Meneses e D. Afonso III.
Entretanto, iniciaram-se recentemente as obras de beneficiação do novo espaço de Atendimento ao Munícipe, a empreitada de reabilitação da rede de águas pluviais da Avenida Cidade de Ourense e a execução dos passeios na rua Manuel dos Santos Gomes.
Este pacote de intervenções foi apresentado pelo presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, referindo que “não são promessas, são obras que estão a decorrer ou que irão iniciar-se a curto prazo”. O autarca Vila-realense referiu ainda que à exceção das obras na Escola Secundária de S. Pedro e das incluídas no PEDU, que contam com financiamento de fundos comunitários, o investimento nas restantes empreitadas é suportado pela autarquia.
Para arrancar estão as obras de reparação da Rua Nova, reparação dos passeios da Timpeira entre a Ponte da Timpeira e a “rotunda do Intermarché”, beneficiação das infraestruturas do Loteamento do Cano e ainda as pavimentações da rua Alves Torgo, obras orçadas em mais de 600 mil euros. A autarquia tem orçados mais 2 milhões e 400 mil euros para obras em fase de procedimento concursal.
Realizou-se no dia 25 de maio, integrada no Mês da Juventude 2018, a iniciativa Uma Experiência Jovem, que teve como protagonista o Jovem escritor André Fernandes.
André Fernandes licenciou-se, aos 21 anos de idade, em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa. Um ano depois publicou a sua primeira obra “Tia Guida”, um livro que fala sobre a experiência que viveu ao lado da tia Margarida, a sua “mãe de amor”, momento em que a vida a forçou a enfrentar um cancro terminal. Abordou a temática do cancro com os alunos das Escolas Profissionais, Agostinho Roseta e NERVIR, partilhando que a vida para ele “não existe sem o amor, e que perdoar é aceitar o outro como ele é”.
Posteriormente abordou o segundo livro publicado “25 + A vida é uma Escola” onde aborda a temática das emoções, das perdas, das aprendizagens ao longo da sua vida, bem como algumas das suas reflexões, com a pretensão de ajudar os outros.
Este momento de partilha foi bastante enriquecedor e ao mesmo tempo muito emocional, pois os alunos receberam esta temática com alguma preocupação, pois é um tema que deixa marcas profundas nos doentes e nas suas famílias. Foram reflexões muito atuais acerca da sociedade atual, e que serviram para mostrar aos jovens que não devemos ter vergonha de sentir e exteriorizar as emoções. O autor despertou nos jovens uma consciência emocional, alertando para temas como bullying, a morte, violência doméstica e deixou a sua convicção de que o amor atravessa a ciência.