O Município de Vila Real entregou, no dia 7 de outubro, o prémio municipal de mérito escolar aos alunos comprovadamente carenciados e residentes no concelho de Vila Real, referente ao ano letivo 2023/2024, num total de 11 mil euros.

Os alunos premiados no âmbito desta iniciativa são indicados pelas Direções dos Agrupamentos de Escolas ou Escolas Secundárias não Agrupadas, de acordo com os critérios definidos no respetivo regulamento. O Vice-Presidente da Câmara Municipal, Alexandre Favaios, salienta o facto de este prémio ser complementar aos eventuais apoios sociais já atribuídos pela Administração Central, frisando que “ o objetivo é reconhecer o esforço desempenhado pelos alunos mais carenciados e pelas suas famílias, na convicção de que premiar o mérito escolar é um incentivo para que continuem a apostar na sua qualificação e numa escolaridade completa”.

O valor monetário de cada prémio é de 125€ para os alunos do 1º Ciclo, de 250€ para os alunos do 2º Ciclo, de 500€ para os alunos do 3º Ciclo, e de 750€ para os alunos do Ensino Secundário.

O Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro para a Juventude e Desporto de Cabo Verde, Carlos do Canto Monteiro, esteve de visita a Vila Real. No âmbito dessa visita, no dia 8 de outubro, foi recebido nos Paços do Concelho pelo Vice-Presidente, Alexandre Favaios, seguindo com a sua comitiva para o Museu da Vila Velha onde o autarca vila-realense apresentou alguns dos projetos do Município de Vila Real nas áreas da educação, desporto e juventude.

O ministro cabo-verdiano destacou “os vários programas e projetos que interagem entre si, que são construídos de uma forma integrada” e que por isso "têm de certeza um impacto real na vida das pessoas, na vida das crianças e dos jovens”. O governante realçou ainda “a particular preocupação com a inclusão de crianças e jovens com necessidades específicas e isso, claramente, ficou como uma marca dos projetos apresentados”. Para o futuro, Carlos do Canto Monteiro deixou em aberto a possibilidade de se desenvolver, a breve trecho, uma geminação entre Vila Real e um dos 22 municípios de Cabo Verde.

Alexandre Favaios destacou deste encontro, por um lado, a vontade de um estreitar de relações, nomeadamente através de uma geminação que o governo cabo-verdiano irá apoiar e incentivar e, por outro lado, uma partilha de boas práticas que de algum modo possam ser levadas para Cabo Verde, ao mesmo tempo que “afirmamos Vila Real como uma cidade que acolhe bem onde são muito bem-vindos todos os alunos oriundos de Cabo Verde, quer para a frequência do nosso ensino profissional quer para a frequência do ensino superior”. Ao mesmo tempo, o Vice-Presidente referiu que “com esta iniciativa esperamos que se abram novas portas para a partilha de informação e de projetos, nomeadamente através da capacitação de alguns dos técnicos ligados à área da juventude e do desporto de Cabo Verde, mas também, com toda a certeza, recebermos alguns aportes sobre outras dinâmicas que estejam a decorrer em Cabo Verde e que possam ser uma mais-valia para o Município de Vila Real”.

O Município de Vila Real, através da Rede de Bibliotecas de Vila Real, celebra neste mês de outubro o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), levando a cabo um leque vasto de atividades que enriquecem as experiências de aprendizagem.

O Vice-Presidente, Alexandre Favaios, sublinha o mote do MIBE para este ano, “Bibliotecas Escolares a ligar comunidades!” afirmando que é na partilha e cooperação entre as comunidades que faremos uma aprendizagem mais coesa e sustentada.

Recorde-se que o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE) é celebrado anualmente pelas bibliotecas escolares em todo o mundo, sendo uma oportunidade para darem a conhecer o trabalho que desenvolvem e mostrarem que não são apenas um serviço, mas um centro vital nas escolas.

A Central do Biel – Museu de Arqueologia Industrial está aberta ao público desde 29 de setembro, dia em que foi inaugurado o espaço museológico e centro interpretativo daquela que foi a primeira central hidroelétrica de produção de energia pública do país.

O processo de requalificação, que decorreu entre 2021 e 2024, está concluído permitindo o usufruto pelo público, não apenas do Museu de Arqueologia Industrial, que preserva a memória da primeira central hidroelétrica e da fábrica de curtumes que ali funcionou, mas também toda a zona envolvente da chamada Quinta do Granjo.

Assim, para além da musealização Central do Biel, um pouco por toda a área envolvente foram musealizados velhos percursos e diversos elementos da arquitetura popular de produção típicos da Região Demarcada do Douro, onde a Quinta do Granjo se encontra inserida, privilegiando sempre a recuperação das estruturas com recurso às técnicas e aos materiais originalmente utilizados.

Quem visitar este espaço irá “encontrar a esmagadora maioria dos mecanismos oitocentistas que fizeram desta central a primeira central hidroelétrica portuguesa. Tudo o que temos aqui do ponto de vista da arqueologia industrial não existe em mais sítio nenhum de Portugal” disse Vítor Nogueira, diretor da Central do Biel.

Mara Minhava, Vereadora da Cultura, sublinhou que “depois de décadas de abandono, que levaram a um elevado estado de degradação, com perseverança e resiliência e o saber de quem nos acompanhou permitiu que conseguíssemos restaurar milhares de peças, preservando um importante património arquitetónico e social de Via Real”.

A Vereadora da Cultura afirmou ainda que este projeto “é especial para Vila Real, para a região e para o país. Depois de um enorme esforço conseguimos abrir a Central do Biel que, estou certa, será o próximo ex-libris de Vila Real, porque houve aqui um enorme trabalho de análise histórica e arqueológica”, salientando que “ foram aqui restauradas milhares de peças e são essas peças que permitem contar a história do que aqui se passou”.

Recorde-se que a primeira central hidroelétrica portuguesa entrou em funcionamento em Vila Real em 1894, por iniciativa de Emílio Biel, mantendo-se em funcionamento até 1926. Em 1932, José Pires Granjo, um industrial vila-realense, adquiriu a propriedade, e ampliou as instalações para criar no local uma fábrica de curtumes, aproveitando a força motriz da antiga central e preservando desse modo a maior parte dos maquinismos oitocentistas. A fábrica de curtumes funcionou até meados da década de 1950. Depois disso, as estruturas entraram num gradual processo de abandono, que seria revertido a partir de 2017, com a classificação de todo o conjunto como de interesse municipal e o subsequente processo de requalificação, concluído em 2024.

A Central do Biel – Museu de Arqueologia Industrial tem entrada livre e gratuita para visitas individuais e visitas de grupos até cinco pessoas. Visitas de grupos acima de cinco pessoas deverão ser previamente agendadas.

Mais informações em www.centraldobiel.pt