O Município de Vila Real e a Águas do Norte (ADN) formalizaram, no dia 17 de novembro, o acordo sobre a forma de integração do Sistema do Alvão no Sistema Multimunicipal daquela empresa. Este acordo de transmissão, que se concretizará em pleno apenas em 2020, permitiu solucionar um litígio sobre a exclusividade da captação, tratamento e distribuição de água em “Alta” no concelho de Vila Real. Vem igualmente contribuir para a sustentabilidade económico-financeira da atividade desta empresa municipal, uma vez que até 2020, ano de integração do sistema do Alvão nas infraestruturas da ADN, esta pagará a água à EMARVR. Permitirá ainda preparar a EMARVR para novos ganhos de escala integrando uma nova entidade empresarial intermunicipal.
O Sistema do Alvão integra um conjunto de infraestruturas de captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água potável que chega a mais de 60 % da população residente no concelho de Vila Real, especialmente à cidade de Vila Real. É composto por duas Barragens, a Cimeira, localizada na freguesia de Vila Marim, com capacidade para 1.500.000 m3, e a Fundeira, localizada na União das freguesias de Borbela e Lamas de Olo, com capacidade para 145.000 m3. Fazem ainda parte deste Sistema a ETA do Alvão, Estação de Tratamento de Água, localizada na União das freguesias de Borbela e Lamas d’Olo, e que tem capacidade de produção de 360 m3/hora, bem como dois reservatórios gerais com capacidade unitária de 750m3.
Na ocasião o presidente da Câmara Municipal, Rui Santos, referiu que este acordo “é um passo importante para potenciar as infraestruturas de Vila Real”, e ainda que “potenciar aquilo que existe no concelho é uma obrigação de todos”. Rui Santos aproveitou também para relembrar algumas das melhorias que foram alcançadas, nos últimos quatro anos, no que respeita à redução do desperdício de água, que na prática permitiu reduzir o preço dos serviços prestados, com reflexo direto de 10% de redução na fatura da água, bem como o investimento efetuado para alargar a rede de saneamento que permitirá, no final das intervenções previstas no âmbito das candidaturas aprovadas, alcançar uma taxa de cobertura próxima da média nacional. O autarca reforçou ainda que “dos 20 milhões de euros de investimento no alargamento da cobertura de saneamento, 60% são provenientes de financiamento comunitário”, realçando que “a restante verba provém do orçamento municipal” o que, se por um lado, implica uma enorme disciplina orçamental, só alcançada através de uma gestão parcimoniosa e criteriosa das disponibilidades económicas e dos apoios financeiros, por outro reflete as preocupações que norteiam a governação municipal no que às questões ambientais diz respeito.