Vila Real vai implementar um projeto piloto para a instalação e operação de trotinetes elétricas partilhadas, o primeiro sistema de micromobilidade a operar em Trás-os-Montes. Resultado de uma parceria entre o Município e a empresa Bolt, esta fase inicial terá a duração de um ano e serão disponibilizadas 100 trotinetes, que poderão chegar às 200 dependendo da procura. Este projeto enquadra-se no novo modelo de mobilidade urbana que o executivo municipal tem vindo a implementar desde 2013, em sintonia com os novos paradigmas emergentes que estão já a ser concretizados em muitas cidades, não só em Portugal, como em todo mundo.
Todas as propostas que permitam encontrar soluções alternativas à massificação do carro são bem-vindas pois “como sabemos as ruas são sempre as mesmas e há cada vez mais automóveis a circular na via pública, com os inconvenientes que todos nós conhecemos, quer ao nível da poluição atmosférica e sonora, quer ao nível da sinistralidade rodoviária”, disse Adriano Sousa, vereador das Acessibilidades, Mobilidade e Transportes.
Rui Santos, presidente da Câmara Municipal, destacou o crescimento do número de alunos no ensino secundário e universitário verificado nos últimos anos, público-alvo preferencial desta forma de mobilidade, como fator potenciador do sucesso do projeto. Relembrou ainda todo o trabalho que tem vindo a ser feito no sentido de adaptar a cidade aos novos modos suaves, através de uma estratégia global que converge o uso das trotinetes e das bicicletas elétricas, com a circulação pedonal e a utilização dos meios mecânicos em curso, localizados na Rampa do Calvário e no Bairro dos Ferreiros. Destacou ainda as obras do PEDU, que estarão concluídas até ao final do ano, os parques de estacionamento periféricos, o aumento das zonas tarifadas e a criação de novas ciclovias.
Considerando que as trotinetes elétricas irão coabitar com os restantes modos de transporte, nomeadamente, o automóvel e o autocarro, com velocidades de circulação distintas, a Autarquia, o Operador e a Polícia de Segurança Pública irão promover ações de sensibilização junto dos utilizadores que serão alertados para a necessidade de circular de acordo com as normas e as regras do Código da Estrada, que equipara estes equipamentos aos velocípedes. A PSP terá, naturalmente, um papel fundamental não só na sensibilização como na fiscalização do uso destes equipamentos, cuja velocidade máxima permitida será de 20km/hora, para acautelar as questões de segurança.
O uso destas trotinetes terá um custo de 0,20€/minuto, sem aplicação de qualquer taxa de ativação, sendo necessária a associação de um cartão de crédito. Nesta fase piloto serão disponibilizados 50 pontos de partilha (docas), localizados em zonas consideradas estratégicas para potenciar a sua utilização.