Todos os anos, no dia 1 de Março, comemora-se internacionalmente o Dia da Proteção Civil. Esta efeméride, visa atrair a atenção das populações mundiais para as questões da proteção civil em especial para a prevenção.
Devendo a atividade de proteção civil, ser desenvolvida por todos os elementos integrantes de uma comunidade, esta destina-se a todos. É uma atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privativas, com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando essas situações ocorram. Tem como objetivo prevenir riscos coletivos e a ocorrência de acidentes graves deles resultantes. Mas em caso de ocorrência, cumpre-lhe atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos, socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo, proteger bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público e apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas afetadas.
Este ano, pretende a Câmara Municipal de Vila Real, através do seu Serviço Municipal de Proteção Civil, em colaboração com os principais agentes de proteção civil do concelho de Vila Real, como são os Corpos de Bombeiros (AHBV da Cruz Verde e AHBV da Cruz Branca), a Polícia de Segurança Pública (PSP), a Guarda Nacional Republicana (GNR), bem como o seu Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS/GNR), o Exército (RI 13 de Vila Real), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) através das equipas de Sapadores Florestais (ESF) da Associação Natura Viva de Vale de Nogueiras e da Associação de Produtores Florestais da Campeã, comemorar esta efeméride, realizando ao longo de uma semana (2 a 6 de Março) um conjunto de eventos de acordo com o programa anexo, e que visam sensibilizar a população do nosso concelho, em especial a comunidade educativa, para estas questões da proteção civil.
Formar cidadãos responsáveis e conscientes do seu papel na sociedade, desenvolvendo e aprofundando temáticas relevantes para essa formação, de forma lúdico-pedagógica, são os objetivos centrais do programa municipal designado por “A Escolar”, que foi apresentado ao público no dia 23 de fevereiro, pelo Vereador com o Pelouro da Educação e Ensino, José Maria Magalhães.
Em articulação com as/os Educadores de Infância Titulares de Grupo e Professores Titulares de Turma das Escolas aderentes, as quatro Docentes designadas para implementar este programa, que se encontravam em situação de desemprego, desenvolverão atividades, em contexto de sala de aula, no âmbito das áreas do Património Local, Educação para a Cidadania e Valores, Educação para a Saúde e Ciência na Escola.
Dirigido às crianças que frequentam o ensino pré-escolar e 1º CEB, o programa “A Escolar” será ainda implementado, mediante auscultação aos docentes, nos estabelecimentos escolares que usufruem das componentes de Atividades de Animação e Apoio à Família (AAAF) e Componente de Apoio à Família (CAF), nos horários das 16h00 às 17h30, para o Ensino Pré-Escolar e das 17h30 às 19h00, para o 1º CEB.
Ainda no âmbito deste programa, serão desenvolvidas atividades lúdico-pedagógicas, no decurso das interrupções letivas do presente ano letivo, na Páscoa (23 a 27 de março) e nas Férias de Verão (15 de junho a 17 de julho), funcionando em dois períodos, manhã e tarde, com um mínimo de 5 e um máximo de 20 alunos por período, em dois Centros Escolares por Agrupamento de Escolas, podendo contudo acolher crianças de qualquer outro estabelecimento escolar do nosso concelho.
Os encargos com as atividades do “A Escolar” serão custeados pelo Município, exceção feita às atividades que decorrerão durante as interrupções letivas, em que haverá lugar a uma comparticipação dos Pais e Encarregados de Educação, tendo em consideração o respetivo escalão de abono de família.
O projeto foi divulgado e proposto a todas as escolas e jardins-de-infância dos Agrupamentos de Escolas Diogo Cão e Morgado de Mateus, pelo que o mesmo, em contexto de sala de aula, será desenvolvido em cerca de 52 turmas do JI/1º CEB, representando 1105 alunos e crianças do ensino pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico. Relativamente às atividades nas AAAF e CAF serão desenvolvidas em cerca de 10 escolas do JI/1º CEB, representando cerca de 225 alunos e crianças do ensino pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico.
Neste sentido, e não querendo substituir ou sobrepor-se aos projetos desenvolvidos pelos diferentes agentes educativos, o Município de Vila Real pretende investir num serviço educativo de qualidade e promotor de aprendizagens múltiplas, em plena articulação com o trabalho de qualidade exercido pelos diferentes atores que atuam no contexto da educação.
Decorreu no dia 19 de fevereiro de 2015, na Corunha, a Assembleia Geral do Eixo Atlântico, associação de municípios transfronteiriça, que abrange 38 concelhos do Norte de Portugal e da Galiza.
Na ocasião foram, também, entregues as Medalhas de Ouro do Eixo Atlântico, num ato que se realizou no Teatro Rosalía de Castro e que foi presidido pelos Reis de Espanha, Felipe VI e Doña Leticia, e pelo Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva.
Esta presença acontece no ano que se comemora o 25º aniversário da Cooperação Transfronteiriça na Europa, na qual o Eixo Atlântico foi, desde os seus inícios, um ator destacado a nível europeu. Refira-se que o Eixo Atlântico, associação à qual Vila Real pertence desde a sua fundação, em 1992, para além de ser a entidade transfronteiriça mais antiga da Europa é o único sistema urbano organizado, de uma eurorregião europeia.
Recorde-se que Vila Real será a capital da Cultura do Eixo Atlântico, em 2016, situação que mereceu uma referência especial no decorrer da reunião.
Foi grande a animação e folia trazidas pelo corso carnavalesco até ao centro da cidade, no dia 15 de fevereiro, num desfile animado e muito colorido, promovido pela Câmara Municipal, em parceria com as Juntas de Freguesia e coletividades concelhias aderentes.
A concentração dos participantes teve lugar no complexo de codessais, junto à Avenida da Europa, com o corso a seguir em direção à Av. Aureliano Barrigas, tomando a Av. 1º de Maio até à Praça do Município, sempre muito animado pela presença do público que aderiu entusiasticamente.
Muitos foram os foliões que não deixaram, apesar das condições atmosféricas menos convidativas, de brincar ao Carnaval trazendo para as ruas da cidade a cor, as gargalhadas e a sátira afiada, que marca o corso tipicamente popular.
Freguesias/ Coletividades participantes:
- Abaças
- União de Freguesias Adoufe/Vilarinho de Samardã
- Arroios
- União de Freguesias Borbela/Lamas de Olo
- Folhadela
- Campeã
- União de Freguesias Mouçós/Lamares
- Lordelo
- Mateus
- Mondrões
- União de Freguesias de Vila Real
- Vila Marim
Maria Luísa Saraiva Pinto dos Santos, mais conhecida pelo nome literário de Luísa Dacosta, nasceu em Vila Real, na "Rampa de S. Pedro" em 16 de Fevereiro de 1927 - Matosinhos, 15 de fevereiro de 2015. Formou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em Ciências Histórico-Filosóficas, curso que começou a frequentar em 1944. No entanto, já na altura se interessava por literatura, tendo assistido a aulas de Vitorino Nemésio (que considerou «absolutamente espantosas»), Lindley Cintra, Camões e Crabbé Rocha.
Mas as suas «Universidades» foram as mulheres de A-Ver-o-Mar, que murcham aos trinta anos, vivem e morrem na resignação de terem filhos e de os perder, na rotina de um trabalho escravo, sem remuneração, espancadas como animais de carga («Ele não me bate muito, só o preciso») e que, mesmo afeitas, num treino de gerações, às vezes não aguentam e se suicidam («oh! Senhora das Neves! E tu permites!») depois de um parto, quando o mundo recomeça num vagido de criança! Às mulheres de A-Ver-O-Mar «deve» a língua aos rés do coloquial.
A-Ver-o-Mar é assunto dos livros A-Ver-o-Mar (crónicas) (1980), Morrer a Ocidente (crónicas) (1990) e A Maresia e o Sargaço dos Dias (poesia) (2008), além do conto Nos Jardins do Mar (1981), e de várias páginas dos dois diários publicados da autora: Na Água do Tempo (1992) e Um Olhar Naufragado (2008). Um outro tema frequente na obra de Luísa Dacosta é o da condição da mulher, abordada de vários pontos de vista, quer no campo da ficção, quer nas páginas de reflexão que encontramos nos diários. Um dos melhores exemplos desta temática é o livro Corpo Recusado, que pode ser entendido quer como conto quer como romance. Foi professora do antigo Ciclo Preparatório (atualmente Segundo Ciclo do Ensino Básico) nas escolas Ramalho Ortigão (1968 –1976) e Francisco Torrinha (1976–1997).
Participou, a partir de 1972, na experiência de Veiga Simão para o lançamento dos 7º e 8º ano de escolaridade. Não se limitou a influenciar os alunos. Os alunos também a influenciaram, como o prova o facto de ter incorporado nas suas obras neologismos da autoria deles, tal como «renovescer» no lugar «renovar». Em 1975, cumpriu um mandato no Conselho de Imprensa, em representação da opinião pública, vindo a cumprir um segundo mandato em 1981. Ainda em 1975, esteve em Timor por requisição do governo daquela (então) província ultramarina, para prestar serviço na comissão eventual encarregada de fazer a remodelação dos programas de ensino. Dedicando grande atenção à orientação gráfica dos seus livros, Luísa Dacosta contou com a colaboração de inúmeros artistas portugueses, entre os quais Armando Alves, Jorge Pinheiro, José Rodrigues, Maria Mendes, Margarida Santos, Tiago Manuel, Carlos Botelho e Cristina Valadas. Luísa Dacosta escreveu ainda vários textos para catálogos de exposições de artes plásticas, estando esses textos editados nos seus diários. Em 2011, as Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim incluíram uma homenagem a Luísa Dacosta, acompanhada de uma revista sobre a escritora.
O Município de Vila Real homenageou, também, a Escritora através da atribuição da Medalha de Ouro de Mérito Municipal, por ocasião das celebrações do Dia da Cidade, em 2007.